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sexta-feira, 26 de outubro de 2012

Um detetive viciado na verdade


CRÍTICA DE TV
● Programa: Elementary (série)
● Data: 25/10/2012
● Canal: Universal Channel

Elementary (série)


Lar das minhas séries favoritas - as extintas "House" e "Law & Order" e a longeva "Law & Order Special Victims Unit", já em sua 14ª temporada nos Estados Unidos (em novembro no Brasil) - o Universal Channel estreou ontem "Elementary", uma de suas principais apostas em um momento de renovação de sua grade. A premissa da série é modernizar o mais tradicional detetive britânico, Sherlock Holmes. Na versão de Robert Doherty, o personagem criado no final do século XIX por Arthur Conan Doyle é um ex-viciado em drogas, recém-saído de uma clínica de reabilitação, que troca Londres por Nova York.

No entanto, a mais radical inovação talvez esteja no Dr. Watson, aqui, na verdade, uma ex-médica, a "pantera" Lucy Liu, que inicia a trama como monitora de Holmes, incumbida pelo pai do detetive de mantê-lo na linha. Já o Sherlock vivido pelo ator Jonny Lee Miller é tão desleixado quanto autoconfiante. Com a barba por fazer e repleto de tatuagens, ele é, como não poderia deixar de ser, um gênio na arte da dedução, resolvendo casos que a polícia nova-iorquina não dá conta.

Num determinado momento do primeiro capítulo, Sherlock Holmes diz a Watson que não precisa dela, já que desistiu das drogas. Seu vício, de fato, é outro: a descoberta da verdade. Os olhos esbugalhados e o jeito estressado, muito bem evidenciados pela interpretação de Miller, fazem com que Holmes pareça sempre "high" (alto, ou drogado), como dizem os americanos, em busca de pistas que desvendem o crime. Contraponto total a Joan Watson, "zen" até demais no capítulo piloto. Lucy Liu pareceu tímida no papel de coadjuvante de Holmes.

Em seu primeiro caso, o detetive tem que desvendar o assassinato da esposa de um psiquiatra. A trama, um tanto óbvia, alternou bons momentos com outros mornos. Mas o início parece ser promissor. Com a difícil missão de ocupar o horário que foi da cultuada "House" durante oito anos, "Elementary" tem potencial para agradar os fãs órfãos do médico ranzinza do hospital Princeton-Plainsboro e ganhar novos admiradores. Até porque as séries guardam semelhanças, sobretudo no modo como seus protagonistas solucionam os casos, sejam médicos ou policiais (o próprio David Shore, criador de "House", já confidenciou, em um dos programas "What's up", do Universal, que Sherlock Holmes foi uma de suas principais inspirações para o personagem tão bem interpretado durante oito temporadas por Hugh Laurie).

Apesar de ter faltado um pouco do "gás" de outras séries policiais, como "CSI" e "Law & Order Special Victims Unit", o início de "Elementary" mostrou que o programa deve crescer com novos episódios e personagens.

terça-feira, 6 de setembro de 2011

AXN promete episódio inédito de Law & Order – Criminal Intent mas passa reprise

Não há nada tão ruim que não possa piorar, não é mesmo? O AXN acredita piamente nessa máxima. Ontem (05/09), não satisfeito em omitir as legendas – como já comentei em um post anterior – o canal exibiu o episódio errado de Law & Order – Criminal Intent. Enquanto a informação de tela da Net mostrava que, naquele horário (21h), estava previsto o início da 10º temporada, inédita no Brasil, o AXN mostrava uma reprise do 9º ano. E o pior: a volta dos episódios inéditos, que marcam o retorno da dupla de investigadores Goren e Earnes (ausente da 9ª temporada), também fora prometida no site do AXN! A pergunta que continua sem reposta é: até quando vai esse desrespeito ao telespectador?

terça-feira, 16 de agosto de 2011

AXN extrapola limite do bom senso ao omitir legenda

Há algumas semanas, o AXN – canal do mesmo grupo do Sony, ambos transmitidos na TV paga – vem exibindo a série Law & Order – Criminal Intent, às segundas-feiras à noite, com pouca legenda ou sem absolutamente nada. E não é um problema novo.

Até algum tempo atrás, o AXN "somente" omitia as legendas no início de cada bloco, ao voltar do intervalo. Nunca contei o tempo, mas talvez fosse coisa de 1 a 2 minutos. Parece que era um ensaio para os mais recentes episódios, em que blocos inteiros são exibidos sem tradução alguma.

Mesmo quem tem bom conhecimento de inglês é prejudicado. Primeiro porque, se a pessoa está concentrada para traduzir, a legenda atrapalha nos momentos em que resolve aparecer. Segundo porque muita gente, como eu, tem que ver televisão à noite com o volume baixo, às vezes totalmente no zero, para não acordar a família. Nesse caso, sem a legenda, fica impossível assistir ao programa.

Os erros, é claro, não acontecem apenas em Law & Order – Criminal Intent, muito menos são exclusivos do AXN – Warner e o próprio Sony são campeões de reclamação quando o assunto é legendagem ruim. Mas o que vem se passando no canal 34 da Net extrapola qualquer limite do bom senso.

A ausência de legendas é o ápice da falta de respeito dos canais pagos com o telespectador/assinante, que já tem a sensação de estar queimando dinheiro ao se deparar com longos e repetitivos intervalos comerciais – em que as emissoras anunciam sempre os mesmos programas de sua própria grade – e os horários vendidos aos "TV Shoppings" da vida.

Esse assunto já rendeu muitas reportagens nos veículos que trabalham com televisão. O jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, disse até que já procurou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por fiscalizar as emissoras. Segundo ele, o órgão governamental não demonstrou qualquer interesse em reverter a situação.

Sendo assim, fico me perguntando o que nós, consumidores, podemos fazer. Cancelar a assinatura não parece a melhor solução, já que a TV aberta, com seus Faustões, Gugus, Fazendas e BBBs, reduz cada vez mais a qualidade de sua programação. Algo que, indiscutivelmente, não acontece na TV paga, em que sobram bons programas. Ruim é a forma como eles são exibidos pelas filiais brasileiras de muitos canais.

segunda-feira, 28 de janeiro de 2008

Falta repertório para Claudia Leitte ser uma nova Ivete Sangalo

Capa da revista “Vip” de janeiro, onde exibe suas generosas curvas, Claudia Leitte tá podendo. Às vésperas do carnaval, a cantora de axé divide-se entre os preparativos para a folia em Salvador e os programas de auditório de quase todos os canais.

Nessa queda de braço entre Gugus e Faustões, a Globo levou a melhor. Ontem, o “Domingão do Faustão” orgulhava-se de exibir a última apresentação do Babado Novo na TV com essa formação. No dia 17 de fevereiro, Claudia Leitte grava CD e DVD ao vivo na Praia de Copacabana, com os quais iniciará oficialmente a carreira solo.

A saída de Claudia Leitte do Babado Novo foi um caminho natural. Ela sempre teve destaque muito maior que os demais músicos, numa relação desigual e até injusta, por se tratar de um grupo. Aliás, este descompasso entre a exposição exagerada dos cantores e o ostracismo dos instrumentistas é uma característica peculiar das bandas de axé. Foi, certamente, um dos motivos que levaram Ivete Sangalo a partir para a carreira solo, que se tornaria muito mais brilhante que a dos tempos de Banda Eva.

É óbvio que Claudia Leitte tem Ivete Sangalo como um espelho e busca dividir com ela o posto de musa nacional. O que, diga-se, não é novidade. Em 2004, o Universo Musical publicou uma matéria de Neilton Silva, especialista em axé music, sobre o primeiro DVD do Babado Novo, na qual ele lembrava que, no início da carreira, Claudinha era comparada a Ivete até mesmo no timbre de voz.

O tempo passou e Claudia Leitte ganhou personalidade. Mas o fato de iniciar a carreira solo gravando CD e DVD num ponto turístico do Rio famoso mundialmente, da mesma forma que Ivete fizera com “Ao Vivo no Maracanã”, comprova que ela continua seguindo os passos da rival.

Assim como Ivete Sangalo, Claudia Leitte é talentosa, bonita, simpática, carismática e boa cantora. Mas existe um fator que, pelo menos até o momento, deixa a primeira a quilômetros à frente da segunda: repertório.

Ivete, quando começou a carreira solo, tinha uma base sólida formada por canções boas e de grande sucesso gravadas com a Banda Eva. Tanto que seu primeiro DVD solo, “MTV Ao Vivo”, trazia várias músicas do grupo, embora ela já colecionasse, sozinha, mega-hits do quilate de “Sorte Grande” e “Festa”. O rico passado também foi lembrado em “Ao Vivo no Maracanã”, DVD mais vendido até hoje no Brasil.

Claudia Leitte, por sua vez, sofre com o repertório irregular do Babado Novo. Com apenas quatro CDs no currículo, o grupo não possui tantos sucessos, e os que tem, à exceção da boa “Eu Fico”, não são nenhuma Brastemp. Canções como “Safado, Cachorro, Sem-Vergonha”, “Bola de Sabão” e “Insolação do Coração” agitam o público nos shows, como pôde-se ver recentemente no Festival de Verão de Salvador, mas, musicalmente, estão muito aquém de “Arerê”, “Alô Paixão”, “Beleza Rara” e outras tantas pérolas da Banda Eva.

Outra deficiência do Babado Novo, que Claudia Leitte pode explorar na carreira solo, são as baladas. O grupo não possui no repertório boas canções de amor, normalmente bem aceitas por emissoras de rádios de diferentes estilos.

Claudia Leitte não compõe tão bem quanto Ivete, mas isso pode ser aprimorado com o tempo e resolvido, a curto prazo, com a ajuda de bons compositores, o que não falta na música baiana. Se parar de fazer tantas releituras, como a infeliz versão do Babado Novo para “Dyer Maker”, do Led Zeppelin, e tiver competência na escolha do repertório, Claudia Leitte tem tudo para brilhar ainda mais em carreira solo. Talvez não supere a rival, pelo conjunto de boas canções que Ivete compôs ou interpretou, sozinha e na Banda Eva. Mas, pelo menos, talento para tentar não falta.

terça-feira, 22 de janeiro de 2008

Silvio Santos deixa Mara Maravilha “nua” em novo programa do SBT

Sob o comando de Silvio Santos, estreou no último domingo, no SBT, o programa “Nada Além da Verdade”, que tem como “protagonista” um detector de mentiras. Um artista convidado responde, previamente, a 100 perguntas. Vinte e uma delas são repetidas no ar e, caso a máquina dê sempre o resultado verdadeiro, a pessoa fatura o prêmio de R$ 100 mil.

A primeira a ser sabatinada foi a cantora gospel Mara Maravilha. Teoricamente, uma boa escolha, pois Mara é uma pessoa autêntica, que não tem medo de dizer o que pensa. Tive a oportunidade de comprovar essa característica em algumas entrevistas que ela me concedeu para o Universo Musical.

A autenticidade de Mara é interpretada como antipatia por alguns colegas jornalistas que cobrem a música gospel. Nunca vi dessa forma, pois comigo ela sempre foi simpática e nunca se recusou a responder nenhuma pergunta. Entretanto, não acho que Mara precisava ter se exposto daquela forma.

Em primeiro lugar, porque existe um enorme preconceito contra os evangélicos, sobretudo os artistas. Muitos acham que a pessoa, ao se converter, vira um ET ou um zumbi. Ou seja, não é mais deste mundo, por isso não pode errar. Sabe aquela história bíblica de Maria Madalena, de atirar a primeira pedra? É por aí.

Tudo bem que esse preconceito seja alimentado por muitos evangélicos, que se acham os donos da verdade e passam a não respeitar outros credos. Mas nem todos são assim. Mara, pelo que conheço, é um exemplo positivo de tolerância religiosa.

Além disso, todo artista tem uma imagem a zelar. Se canta músicas religiosas, então, a preocupação deve ser dobrada, pois a mensagem se mistura à vida pessoal de quem a prega.

Dito isto, vamos ao programa. Uma das primeiras perguntas de Silvio Santos foi algo do tipo: “você se arrepende de todos os pecados que cometeu antes da conversão”? A resposta foi sim. Mesmo que seja verdade, como a máquina confirmou, essa afirmação foi o maior pecado de Mara e a traiu frente às câmeras.

A cantora disse, com todas as letras, que não posou nua por razões artísticas, mas sim pelo dinheiro e pela fama. Até aí seria normal, se ela não repetisse o tempo todo que estava participando daquele programa por causa do dinheiro e que, apesar da insistência de Silvio Santos para que desistisse, iria até o final para ganhar o prêmio.

Parafraseando Caetano Veloso, “a pergunta vinha”: se Mara se arrependera dos pecados cometidos antes da conversão, o que inclui as fotos para a revista masculina, por que estava nua de novo? Sobre o corpo havia roupas, mas sua vida ficou completamente exposta diante de perguntas íntimas e constrangedoras. Ela passou por várias situações embaraçosas, como dizer, na frente da mãe, que já falara mal dela pelas costas, que deseja ter de volta o mesmo sucesso da época de apresentadora infantil e também que usou drogas. E confessou tudo isso por dinheiro.

No final, Mara não levou os R$ 100 mil para casa; ficou com R$ 25 mil. A máquina acusou como falsa a última resposta, sobre supostas brigas entre os pais da cantora por causa da fama da filha.

Mas a ambição fracassada não foi seu maior erro. Faltou discernimento, sensatez. Se não dá para posar de santo, também não precisa divulgar os pecados. Mara esqueceu que a imagem de um artista gospel não é feita apenas com o corpo, ou com as roupas por cima dele. Com isso, caiu na arapuca de Silvio Santos e tornou-se mais uma vítima – complacente, vale frisar – de um preconceito que, se não ajuda a alimentar, também não contrubui para diminuir.

A trilha sonora deste post é a música “Somos Todos Iguais”, da Banda Catedral.

PS: Mara Maravilha está lançando um novo CD, “Importante é Amar”, pela gravadora Line Records. No dia 12 de fevereiro, às 20h, ela fará um pocket show de lançamento na Saraiva Mega Store do Morumbi Shopping, em São Paulo.

segunda-feira, 21 de janeiro de 2008

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para a escolha do grupo Mamonas Assassinas como próximos homenageados do programa “Por Toda Minha Vida”. Uma ótima opção, sem dúvida.

NOTA 0: Para o “Jogo Aberto”, da Band, que não satisfeito em chamar de “Bento Cardoso” a cidade fluminense de Cardoso Moreira, ainda inventou uma Resende com “z” no lugar de “s”. É muita falta de consideração com o Campeonato Carioca...

quinta-feira, 10 de janeiro de 2008

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para a reportagem do “Jornal da Band” de ontem sobre o DVD pirata “Tropa de Elite 3”. Quando os três âncoras não batem cabeça, o programa costuma ser muito bom. Ontem, sem um deles (Joelmir Betting), a coisa fluiu melhor.

NOTA 0: Para os comentários de Carlos Nascimento no “SBT Brasil”. Ele tenta ser engraçadinho, mas não dá uma dentro.

terça-feira, 8 de janeiro de 2008

BBB8: mais do mesmo

Hoje começa mais um triste capítulo da história da televisão brasileira: uma nova edição do “Big Brother Brasil”.

Sabe aquele papo de “não vi e não gostei”? É por aí. Mas não é má-vontade. Juro, tentei assistir às edições anteriores, mas a minha paciência não me permitiu passar mais de cinco minutos no mesmo canal. A mão, nervosa, implora o controle remoto e o dedo indicador, como se tivesse vida própria, aperta o primeiro botão que encontra.

Se o programa se restringisse ao horário posterior à novela das oito (ou nove), bastaria não ver. Mas tem os flashes durante a programação da Globo, os comentários em outros canais – que você acaba assistindo, mesmo de relance, no zapping – as conversas de botequim, as capas de jornais e revistas... Enfim, é quase impossível passar despercebido. Tá na boca do povo.

Mas popularidade nem sempre é sinônimo de qualidade. Quantas bandas de axé e pagode venderam milhões de cópias nos anos 90 e hoje são ignoradas? No caso do BBB, a insistência encontra respaldo na audiência. Entretanto, os erros se repetem a cada ano.

Por mais que o diretor Boninho diga, como fez em entrevista ao “Globo Online”, que a linguagem se renova e que não falte gás mesmo depois de 8 anos, o BBB é extremamente previsível. A maioria dos participantes resume-se a muito corpo e pouca mente. Um típico retrato do programa, que se arrasta por meses sem apresentar qualquer conteúdo.

Aliás, este é o maior problema de programas como “Big Brother”, “TV Fama”, “Superpop”, “Vídeo Show” e tantos outros: a futilidade. Não que se espere deste tipo de atração uma aula de cultura. Mas quem disse que entretenimento e informação – no sentido educativo da palavra – não podem andar juntos? Está aí “A Grande Família”, há sete anos no ar, provando que é possível divertir com inteligência.

Esta oitava edição do BBB, antes de ir ao ar, já revela outro problema do país, não só na TV: a concentração da produção cultural em ou para São Paulo. Seis dos 14 participantes (quase 43%) são paulistas, sendo que o último convidado parece ter entrado na marra. Primeiro, um goiano saiu por motivo de doença. Seu substituto, de Limeira (SP), também deixou o programa antes do início e foi trocado por outro de uma cidade próxima, Campinas. Enquanto isso, não há representantes da Região Norte e apenas um é da Região Sul, maior exportadora de modelos do país. Isso porque, segundo Boninho, beleza, no BBB, é fundamental.

O fato de São Paulo possuir o monopólio do ibope (vale lembrar que audiência é medida em tempo real na capital paulista) impõe à TV brasileira quase uma ditadura estética. Digo “estética” na definição mais ampla possível da palavra: forma física, sotaque, roupas, costumes, idéias... Programas esportivos como o “Terceiro Tempo”, da Record, e jornalísticos, como o “Brasil Urgente”, da Band, comprovam esse bairrismo. Com o BBB não foi diferente – das sete edições anteriores, três foram vencidas por paulistas – e, ao que parece, não será.

Mas a obviedade do “Big Brother”, que fará a oitava edição ser igual a todas as outras, está em sua própria essência. Transcende regiões do Brasil e o próprio país. É a egolatria de seus participantes, criadores ou vítimas – você decide – de uma sociedade narcisista, que encontra na televisão um espelho do que é, do que quer ser ou do que querem que seja.

O BBB é mais um produto da era da câmera digital. Os brothers vivem em seu You Tube particular, no Projac. Alimentam o sonho deles e de milhões de pessoas que os “acessam” de se tornarem ricos e famosos sem muito esforço, num circo e num círculo viciosos.

É engraçado que o “Big Brother” seja transmitido nesta época do ano, quando as principais atrações da Rede Globo estão de férias e as reprises dominam a programação. O BBB8, então, seria uma novidade em meio às repetições. Mas não é. O que se vê, como diz a música da Legião Urbana, é mais do mesmo. O pior de tudo é saber a resposta do “povão” à pergunta de Renato Russo no refrão: “Não era isso que você queria ouvir?” Plim, plim.

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o comercial do CD “The Best So Far”, de Whitney Houston. Mais uma bola dentro da Som Livre.

NOTA 0: Para Luciano Huck, que, no afã de elogiar Chorão, vocalista do Charlie Brown Jr., o chamou de “poeta”. Chorão é um bom compositor de rock e tem a habilidade de se comunicar com os jovens, mas para poeta há uma distância considerável.

sábado, 5 de janeiro de 2008

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o “SBT Realidade” da última quarta-feira, que mostrou as várias faces de Nova York retratadas no cinema. Cenas memoráveis, de “King Kong” a “Madagascar”, em um programa leve e irresistível.

NOTA 0: Para a reportagem do “RedeTV! News” de quarta-feira sobre um ponto turístico da Bolívia onde “não haviam (sic) pistas de pouso” para aviões. O redator e a âncora devem ter faltado à aula de português em que o professor explicou que o verbo “haver”, no sentido de “existir”, é impessoal, ou seja, mantém-se no singular.

quarta-feira, 26 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para “Shrek Especial de Natal”. Apesar de curto, o programa foi a melhor atração natalina da TV aberta.

NOTA 0: Para a Globo, que não se deu ao trabalho de colocar os nomes das músicas cantadas no especial de Roberto Carlos, ontem. Eles só apareceram nos créditos finais, quando, para o espectador que acompanhou o show, já era tarde.

sábado, 22 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o “Espaço Público”, da TV Brasil. O programa, sempre muito bom, esteve ainda melhor ontem, quando teve a presença do escritor e jornalista Paulo César de Araújo, que falou sobre a polêmica em torno do livro “Roberto Carlos em Detalhes”.

NOTA 0: Para o horário em que foi exibido o “Som Brasil” dedicado a Gilberto Gil: madrugada de ontem para hoje, depois do “Programa do Jô”. Parece que bons programas musicais, na TV, só mesmo para quem sofre de insônia.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para a matéria do “Atualíssima”, da Band, sobre o último show de Sandy & Junior. O programa, conhecido por abordar a vida pessoal dos artistas, prendeu-se apenas aos aspectos musicais que envolveram a separação da dupla, o que é louvável.

NOTA 0: Para Roberto Carlos, que decepcionou os fãs em 2007. Proibiu na Justiça o lançamento de sua biografia e pela primeira vez em décadas não lançou o tão aguardado disco de fim de ano. Só restou o especial de TV, mesmo.

quarta-feira, 19 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o quadro “Bola Cheia, Bola Murcha”, do “Fantástico”. Simples e divertido.

NOTA 0: Para o “Casseta & Planeta Urgente!”, que ontem (18/12/07) se despediu de 2007 de forma melancólica. Os comediantes precisam tirar esse período de férias para se reciclar, porque a linguagem está desgastada e o humor, sem graça.

terça-feira, 18 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o anúncio do CD “Queen Collection”, da Som Livre. Muito boa a idéia de colocar atores de bigode, como se estivessem fantasiados de Freddie Mercury. Já o disco está longe de ser a coletânea definitiva da banda inglesa. Para isso, canções como “Save Me”, “Play the Game” e “Fat Bottomed Girls” não poderiam ficar ausentes de forma alguma.

NOTA 0: Para o teaser em que o SBT faz mistério sobre uma nova atração em sua grade, com um trocadilho infame entre “lula” (escrito com inicial minúscula, embora a referência ao presidente seja óbvia) e Lola. Ninguém merece.

segunda-feira, 17 de dezembro de 2007

Não sei porque você se foi... Saudades de Tim Maia em especial da Globo

Foto: Globo OnlineCRÍTICA DE TV
● PROGRAMA: Por Toda Minha Vida - Tim Maia
● EMISSORA: Rede Globo



Falar bem de Tim Maia é chover no molhado. Passaria linhas e linhas aqui falando o que todo mundo sabe: excelente cantor, compositor acima da média, o homem que inventou (e consolidou) a black music de sotaque brasileiro e muitos outros adjetivos, todos mais do que justos.

A vida do Síndico foi tema do especial “Por Toda Minha Vida”, exibido na última sexta-feira (14/12/07), na Rede Globo. Embora sem o mesmo ritmo das edições anteriores, dedicadas a Renato Russo e Nara Leão, o programa manteve o alto nível dos demais, o que o consolidou como a melhor surpresa da TV brasileira em 2007.

O diretor Ricardo Waddington acertou em cheio ao mostrar que, por trás de um artista genial, havia um ser humano genioso. E que todas as loucuras, excentricidades e exageros cometidos por Tim Maia, que levaram à sua morte precoce em março de 1998, tinham uma razão: sua tremenda carência afetiva.

Essa abordagem tirou o foco de Tim Maia e jogou os holofotes para Sebastião Rodrigues Maia, um homem pobre que começou a vida vendendo quentinhas e que, graças a um talento extraordinário e à sagacidade de um bom brasileiro, mudou de vida através da música. No meio do caminho, morou no exterior, se envolveu com drogas, foi preso, amou, teve filhos, foi traído, fez amigos, sorriu e fez sorrir, chorou e fez chorar, compôs muita música boa, ficou rico, empobreceu, acreditou em tudo e em todos, foi cético, às vezes bondoso, às vezes amargo. Enfim, um homem que viveu livremente, como salientou seu biógrafo, Nelson Motta, e que pagou um preço caro por isso.

O grande mérito do programa foi expor todos esses lados de Tim Maia de uma forma balanceada, o que não deve ter sido tarefa das mais fáceis. Para o espectador, ficou bem claro que a vida pessoal de Tim Maia foi uma coisa, e seu talento musical foi outra. Ao mesmo tempo, até os amigos mais íntimos não deixaram de criticar seus erros, deixando no ar a dúvida se a carreira de Tim não poderia ter sido ainda mais brilhante se ele, digamos, tivesse sido mais ajuizado.

Está aí o eterno paradoxo de Tim Maia exposto em “Por Toda Minha Vida”: sua vida pessoal foi ao mesmo tempo indiferente e determinante na trajetória artística que seguiu.

A mais, vale salientar a interpretação precisa de Charles Maia (sósia oficial do cantor) e a cena em que Tim inspira-se nas ondas que vê em um quadro para criar a canção “Azul da Cor do Mar”, abre-alas de sua carreira. A partir daí o programa cresce e passa a mostrar cenas que entraram para História, “causos” que viraram lendas e músicas que se transformaram em hinos.

domingo, 16 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o quadro do “Show do Tom” de domingo (16/12/07) em que “Fala Silva” (Pedro Manso, ótimo como sempre na imitação de Faustão) anunciava a despedida de Sandy (Tom Cavalcanti) e Junior (Tiririca, hilário). A paródia, gravada, foi ao ar quase simultaneamente à apresentação real da dupla, ao vivo, na Globo. Os personagens fictícios foram mais engraçados e interessantes que os originais.

NOTA 0: Para o “Show do Tom” de sábado (15/12/07). Vítima do moralismo da Record, o festival de piadas sofre censura desnecessária e a edição do programa é péssima.

sábado, 15 de dezembro de 2007

Nota 10 / Nota 0

NOTA 10: Para o especial "Por Toda a Minha Vida" sobre Tim Maia, exibido ontem (14/12/07), na Rede Globo. O programa soube balancear os lados genial e genioso de um dos maiores artistas da história da Música Popular Brasileira, misturando humor e drama ao som de grandes canções. (leia a crítica completa segunda-feira)

NOTA 0: Para Luciano Huck, que neste sábado (15/12/07) chamou São Paulo de "capital mundial da gastronomia". Paris, então, deve ser o quê? Capital mundial do samba? Até para bairrismo há limite, por favor...