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terça-feira, 26 de julho de 2011

Assaltaram a gramática

Na internet, a língua portuguesa é mais bombardeada que o Iraque e o Afeganistão juntos. E de onde mais se espera o bom exemplo é de onde não vem nada mesmo.

Esses dias, postei aqui a indigesta salada mista com “x” escrita no Blog do Bonequinho, página de cinema do site do jornal O Globo. Eis que hoje, no mesmo site, lendo o blog de Patrícia Kogut, que fala de TV, deparo-me com a seguinte manchete:

“Após três dias internado, Elias Gleiser já está em casa de repouso”. O título me fez compadecer do ator, que, já idoso, parecia estar em uma dessas “casas de repouso”, para a terceira idade, talvez porque não tivesse alguém para cuidar dele. Nada disso. Elias Gleiser, na verdade, estava em sua própria casa, de repouso, ou seja, descansando, como fica claro ao ler o restante da matéria. A dúvida surgiu por que faltava uma vírgula no título: “Após três dias internado, Elias Gleiser já está em casa, de repouso”. Ou melhor ainda: “Após três dias internado, Elias Gleiser já está de repouso em casa”.

Dificilmente erros grotescos como esses sairiam publicados num jornal impresso. Apesar de estar em expansão, o jornalismo digital ainda é preterido pelos grandes veículos de comunicação, se comparado ao seu irmão de papel, apesar de as empresas ganharem dinheiro com a publicidade on-line que nos impõem.

A verba talvez ainda seja pouca, mas nem isso, nem qualquer característica do meio digital, justifica as aberrações encontradas todos os dias nos sites de jornais e revistas.

PS: Depois que escrevi sobre o erro, na parte de comentários dos leitores, o blog de Patrícia Kogut colocou a vírgula da discórdia no título. Mas isso foi mais de seis horas depois da postagem da matéria. E o meu comentário não foi publicado!

quarta-feira, 11 de novembro de 2009

Apagão: cobertura nota 10 da Band News mostra o poder do bom e velho radinho

Ontem, durante o apagão que deixou o Rio - e tb São Paulo, Minas e outros estados - às escuras por cerca de 4 horas, fiz que nem os Titãs na música Sonífera Ilha e colei meu ouvido no radinho. Só não era o de pilha, e sim o do celular.

Liguei primeiro na CBN, que, como se estivesse alheia ao caos, transmitia o jogo do Vasco pela Série B, lá pelas 22h30. Fui, então, para a Band News, de onde só consegui me "descolar" por volta de 1h30. Não só pq esperava a luz voltar, mas pq a cobertura jornalística da emissora foi nota 10. Parecia aqueles filmes ou séries de TV muito bons, que te prendem do início ao fim. Repórteres entravam ao vivo do Rio, de SP, Brasília e BH. E os locutores, muito simpáticos e bem-humorados, retransmitiam o panorama das cidades afetadas a partir do relato dos ouvintes, via SMS, e-mail e Tweeter - os dois últimos, é claro, disponíveis somente em acessos por celular e notebook.

Frases como "Niterói está às escuras", "Copacabana já voltou", "esqueceram da Tijuca" e até "onde estaria a Madonna agora?" informavam e divertiam ao mesmo tempo. Como jornalista, senti orgulho da classe ao ver o ótimo trabalho executado pelos colegas da Band News. E tb de ver que o rádio, veículo em que já trabalhei, mostrar tamanha força nesses tempos em que se especula até o fim do jornal de papel. O radinho está mais vivo do que nunca, integrando-se perfeitamente aos novos veículos de comunicação para desempenhar de forma ainda mais eficaz seu papel de companheiro inseparável da população, em todas as situações, com ou sem luz.