Mostrando postagens com marcador pop-rock nacional. Mostrar todas as postagens
Mostrando postagens com marcador pop-rock nacional. Mostrar todas as postagens

quarta-feira, 12 de março de 2008

O fim dos ultramanos

Triste notícia publicada no site Rock Press. Sucesso de crítica, mas com pouca mídia, a banda gaúcha Ultramen vai encerrar as atividades após 16 anos de estrada. Embora ainda estejam rolando alguns shows, a despedida foi na quinta-feira passada, 6 de março, com a gravação do DVD Ao Vivo em Porto Alegre.

Formado por Tonho Crocco (vocal), Julio Porto (guitarra), Pedro Porto (baixo), Zé Darcy (bateria), Marcito (percussão), Malásia (percussão) e DJ Anderson, o Ultramen é – ou foi – uma das bandas mais criativas surgidas nas duas últimas décadas no cenário do pop-rock brazuca.

Cabia de tudo no som dos caras, tudo sempre muito bem-feito. Mas a especialidade do Ultramen era o samba-rock, na velha escola dos mestres brasileiros do suingue, com toques de modernidade garantidos pelo rap.

A banda ganhou mais notoriedade ao participar do projeto Acústico MTV Bandas Gaúchas, do qual foi destaque absoluto em meio aos quatro artistas participantes. As ótimas faixas Ultramanos, Santo Forte e Dívida, esta última um dueto inspirado de Tonho e Falcão, do Rappa, sintetizam bem o que era o caldeirão rítmico do Ultramen.

No site da banda há bastante material disponível para download gratuito, incluindo a íntegra do álbum Acústico, gravado em 2004 no Teatro São Pedro, em Porto Alegre. É uma boa forma de conhecer mais a fundo a história do Ultramen, que vai deixar saudades.

Resta desejar boa sorte aos músicos e torcer para um reencontro num futuro breve.

Veja abaixo o encontro do Ultramen com Falcão na dançante Dívida.


terça-feira, 11 de março de 2008

Não deixe o Capital Inicial esquecer seu passado

Vi no blog do colega Jamari França, do Globo Online, que tá rolando um manifestado encabeçado pelo blog Na Rota do Rock (NRDR) para que o Capital Inicial toque músicas dos anos 80 no show que fará em Brasília, no dia 21 de abril, e dará origem ao DVD Multishow Ao Vivo. Causa justa.

Não tô sabendo muito sobre o show. Fui ao site da banda e não tem nada lá, literalmente – o que, aliás, é uma tremenda mancada com os fãs. Uma rápida busca no Orkut e nada também sobre o repertório, só especulação. Idem no Google.

Vi o Capital sábado, no Altas Horas. Como é de costume nesses programas de entrevistas – quase todos péssimos quando o assunto é música – Dinho Ouro Preto falou muito superficialmente sobre o assunto. Mas foi o suficiente para dizer besteira.

Segundo o eterno garotão do rock nacional, este será o primeiro disco ao vivo do Capital, tirando o Acústico MTV. Ué, e o de 1996? Tudo bem que ele, Dinho, não tenha participado, pois estava em carreira solo na época. Mas e os outros? O disco leva o nome de quem, ora bolas? Além disso, se Dinho não estava, o guitarrista Loro Jones, que depois do unplugged cedeu lugar para Yves Passarel, marcava presença.

Bem, de volta ao DVD. Parece que não há nada confirmado sobre o set list, mas onde tem fumaça, tem fogo. E não deve ser a música Fogo.

Pelo passado recente do Capital, é bem possível que a suspeita encontre fundamento. No último show a que assisti, ainda na turnê do álbum Gigante, o maior sucesso do grupo até hoje, Música Urbana, não foi tocado.

A verdade é que, depois do estouro de Natasha, uma das inéditas de Acústico MTV, o Capital Inicial descobriu que a receita do bolo era fazer música para adolescentes. Vide o sucesso dos álbuns seguintes, Rosas e Vinho Tinto e Gigante, com a rebeldia juvenil de Quatro Vezes Você e o otimismo de Não Olhe pra Trás.

São boas músicas, sem dúvida, mas que estão muito longe, na qualidade e na verdadeira rebeldia punk, de clássicos do BRock como Autoridades, Psicopata, Descendo o Rio Nilo e Mickey Mouse em Moscou. Músicas que se não transformaram o Capital Inicial na segunda Legião Urbana dos anos 80, fizeram a cabeça de milhares de jovens na época. E essas pessoas, vale frisar, ainda compram os discos da banda e freqüentam seus shows, apesar da mudança de sonoridade.

Então, junto-me ao apelo do NDRD para que o Capital não se esqueça dos fãs “da antiga” neste que promete ser um dos melhores shows da história da banda.

Além de Música Urbana, Autoridades, Psicopata, Descendo o Rio Nilo e Mickey Mouse em Moscou, sugiro que estejam no set list as velhinhas Fátima, Veraneio Vascaína, Kamikaze, O Passageiro e 1999. Da geração pós-acústico, acho que não podem faltar Como Devia Estar, Quatro Vezes Você, Pra Ninguém, Olhos Vermelhos, Mais, Respirar Você, Sem Cansar, Não Olhe pra Trás, Perguntas sem Respostas e Sorte.

E nada de gastar tempo com homenagem à Legião Urbana! Já tiveram um disco inteiro para isso. A essa altura, Dinho também não precisa mais ficar à sombra de Renato Russo. Há tempos (com trocadilho, por favor) o Capital Inicial já construiu sua própria história.

quarta-feira, 20 de fevereiro de 2008

Skank arrebenta no cover de Beleza Pura

CRÍTICA DE SINGLE
● Música: Beleza Pura
● Artista: Skank



Enquanto a Globo fazia só as chamadas, era difícil reconhecer o intérprete. Mas quando a novela das sete Beleza Pura estreou esta semana, foi impossível não identificar a marca registrada do Skank na música-título, releitura do sucesso de Caetano Veloso também gravado pelo grupo A Cor do Som.

A gravação de Beleza Pura marca o reencontro do Skank com o produtor Dudu Marote dez anos após o mega-sucesso do álbum O Samba Poconé, que, junto ao anterior, Calango, ultrapassou a marca de 3 milhões de cópias vendidas.

Releituras não são novidade para o Skank. O quarteto liderado por Samuel Rosa viveu experiência semelhante em 2004, quando gravou Vamos Fugir, de outro baiano, Gilberto Gil.

Se agora a música é tema de abertura de novela, há quatro anos serviu de trilha sonora para um comercial. Outra semelhança entre as duas versões está na idade: a Vamos Fugir dos mineiros apareceu 20 anos após a original; já a nova Beleza Pura surge quase 30 anos depois do registro de Caetano, feito em 1979.

Nos dois casos, o principal mérito do Skank foi conferir frescor e jovialidade a antigas canções, fazendo-as parecer como novas. Tarefa que eles também cumpriram com maestria ao verter para o português a música I Want You, de Bob Dylan, que virou o hit Tanto. Mas aqui vale ressaltar que a versão ao vivo, gravada para o CD e DVD da MTV, é bem superior à de estúdio, presente no primeiro álbum do grupo.

O diferencial da Beleza Pura do Skank em relação às de Caetano e A Cor do Som é, sem dúvida, o naipe de metais, que ficou a cargo do sensacional grupo paulista Funk como Le Gusta. Somando os metais em brasa à voz marcante de Samuel Rosa e ao punch de sua guitarra meio rock, meio reggae, o resultado é uma ótima música que tem tudo para repetir ou superar o sucesso de Vamos Fugir.

No último dia 16 de fevereiro, o Skank tocou Beleza Pura no Festival Planeta Atlântida, no Rio Grande do Sul. Ao vivo a música ganhou ainda mais força e deu origem a um clipe que está sendo executado no canal Multishow. Confira abaixo o vídeo, que já foi parar no YouTube.


sexta-feira, 15 de fevereiro de 2008

Fernandão solo

Depois do sucesso de Rodrigo Santos – que vai gravar DVD em dupla com George Israel, do Kid Abelha – outro barão-vermelho busca espaço fora da banda, que está parada porque Frejat prefere se dedicar à carreira solo.

O boa-praça Fernando Magalhães lançou em outubro do ano passado, pela internet, seu primeiro CD, que leva o nome dele. Na próxima terça-feira, 19 de fevereiro, Fernandão, como é conhecido pelos fãs do Barão Vermelho, faz show de lançamento no Cinematèque, em Botafogo, no Rio.

O guitarrista do Barão será acompanhado por Roberto Lly (baixo e vocal), Marvio Fernandes (guitarra e vocal), Sérgio Villarin (teclados) e Pedro Strasser (bateria). Imperdível! Confira abaixo o serviço completo:

Fernando Magalhães
Dia 19 de fevereiro – terça-feira - 22h
Cinematèque Jam Club
Rua Voluntários da Pátria 53
Tel: 2286- 5731 / 3239-0488
Couvert: R$24 e R$18 (até 21h)