segunda-feira, 26 de setembro de 2011
Elton John no Rock in Rio: um genial estranho no ninho
● Elton John - Rock in Rio (29/09/11)
Elton John fez uma apresentação tecnicamente impecável na abertura do quarto Rock in Rio, na madrugada de sexta (23) para sábado (24). Em cerca de uma hora e meia, o cantor britânico tocou muitos de suas dezenas de hits, mostrou entrosamento perfeito com a banda e deu um show de virtuosismo ao piano, do qual só saiu para tímidas saudações ao público. Ao contrário de sua antecessora no Palco Mundo, Katy Perry – que fez várias trocas de roupa, vestiu-se com a bandeira do Brasil e interagiu bastante com a plateia – Sir Elton John preocupou-se “apenas” com o essencial: a música. E agradou quem estava lá por causa dela.
Algumas frases em português teriam sido bem-vindas, é verdade. Mas não faltou simpatia ao senhor britânico, que, aos 64 anos, mostrou-se em plena forma física e musical, embora a voz já não tenha a mesma potência de outrora, o que o obrigou a usar tons mais graves. Enquanto enfileirava seus sucessos – da abertura com Saturday night’s alright for fighting até o encerramento com Crocodile Rock, passando por Daniel, Rocket man, Don’t let the sun go down on me, Philadelphia freedom, I’m still standing, The bitch is back, Goodbye yellow brick road, Skyline pigeon, I guess that’s why they call it the blues e Bennie and the jets, entre outros hits – o cantor distribuiu muitos sorrisos, interagiu bastante com seus ótimos músicos e nem ligou quando um fã subiu ao palco para homenageá-lo. Não foi diferente em canções menos conhecidas, como a excelente Hey Ahab – gravada em seu mais recente álbum, The union (2010), feito em parceria com Leon Russell – na qual o coral feminino deu um show à parte.
O maior revés para Elton John – e para quem foi ao Rock in Rio só para assisti-lo – foi a (des)organização do evento, que parece não ter aprendido com os erros das edições anteriores. A lambança começou com a escolha dele para uma noite “teen”, em que o público, jovem em sua maioria, estava mais interessado em fazer festa do que em ouvir música. Seria mais inteligente tê-lo escalado para esta quinta (29), que tem atrações voltadas para o público adulto (não seria ótimo ver uma sequência com Elton John e Stevie Wonder?).
Outro equívoco foi colocar Elton John para tocar depois de Claudia Leitte e Katy Perry e antes de Rihana. Foi um banho de água fria tanto para a garotada quanto para os fãs do cantor, que deixou o palco sem tocar Your song, seu principal sucesso, guardado para um bis que não aconteceu, talvez por causa da apatia de boa parte do público.
No fim das contas, 90 minutos foi pouco. Ficou um gosto de quero mais, como tudo que é bom. Resta esperar que Elton John volte em breve, num show só dele, e toque mais de seus inesquecíveis clássicos, como Sad songs (uma das várias ausências sentidas no set list), para uma plateia que saiba reconhecer sua genialidade musical.
terça-feira, 6 de setembro de 2011
AXN promete episódio inédito de Law & Order – Criminal Intent mas passa reprise
Google faz belíssima homenagem a Freddie Mercury
terça-feira, 16 de agosto de 2011
AXN extrapola limite do bom senso ao omitir legenda
Há algumas semanas, o AXN – canal do mesmo grupo do Sony, ambos transmitidos na TV paga – vem exibindo a série Law & Order – Criminal Intent, às segundas-feiras à noite, com pouca legenda ou sem absolutamente nada. E não é um problema novo.
Até algum tempo atrás, o AXN "somente" omitia as legendas no início de cada bloco, ao voltar do intervalo. Nunca contei o tempo, mas talvez fosse coisa de 1 a 2 minutos. Parece que era um ensaio para os mais recentes episódios, em que blocos inteiros são exibidos sem tradução alguma.
Mesmo quem tem bom conhecimento de inglês é prejudicado. Primeiro porque, se a pessoa está concentrada para traduzir, a legenda atrapalha nos momentos em que resolve aparecer. Segundo porque muita gente, como eu, tem que ver televisão à noite com o volume baixo, às vezes totalmente no zero, para não acordar a família. Nesse caso, sem a legenda, fica impossível assistir ao programa.
Os erros, é claro, não acontecem apenas em Law & Order – Criminal Intent, muito menos são exclusivos do AXN – Warner e o próprio Sony são campeões de reclamação quando o assunto é legendagem ruim. Mas o que vem se passando no canal 34 da Net extrapola qualquer limite do bom senso.
A ausência de legendas é o ápice da falta de respeito dos canais pagos com o telespectador/assinante, que já tem a sensação de estar queimando dinheiro ao se deparar com longos e repetitivos intervalos comerciais – em que as emissoras anunciam sempre os mesmos programas de sua própria grade – e os horários vendidos aos "TV Shoppings" da vida.
Esse assunto já rendeu muitas reportagens nos veículos que trabalham com televisão. O jornalista Ricardo Feltrin, do UOL, disse até que já procurou a Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel), responsável por fiscalizar as emissoras. Segundo ele, o órgão governamental não demonstrou qualquer interesse em reverter a situação.
Sendo assim, fico me perguntando o que nós, consumidores, podemos fazer. Cancelar a assinatura não parece a melhor solução, já que a TV aberta, com seus Faustões, Gugus, Fazendas e BBBs, reduz cada vez mais a qualidade de sua programação. Algo que, indiscutivelmente, não acontece na TV paga, em que sobram bons programas. Ruim é a forma como eles são exibidos pelas filiais brasileiras de muitos canais.
sábado, 30 de julho de 2011
Capitão América enfim ganha filme digno do personagem
● Capitão América – O Primeiro Vingador
Acabei de assistir a Capitão América – O Primeiro Vingador no cinema e gostei bastante do que vi. Sou suspeito, porque é o meu herói favorito, mas posso dizer, sem medo de estar exagerando, que, no universo dos filmes Marvel, só perde para os dois Homem de Ferro.
O maior mérito do filme, sem dúvida, é retratar o Capitão América sem patriotismo exagerado. Ele é, sim, um super-herói americano, mas a serviço de seu país na 2ª Guerra Mundial, e apenas isso. Aliás, a ambientação anos 40 é outro dos vários pontos positivos do longa dirigido por Joe Johnston. Também vale destacar os efeitos especiais – sobretudo a caracterização de Chris Evans antes de se tornar um supersoldado, nos moldes do que foi feito em O Segredo de Benjamim Button – e a própria atuação do ator, surpreendente. Evans, que não convencera como o Tocha Humana de Quarteto Fantástico, está ótimo no papel de Capitão América.
Outro que também aparece muito bem no filme é Tommy Lee Jones, que interpreta o general Chester Phillips, responsável pelos poucos – e bons – momentos cômicos. Por outro lado, Hugo Weaving decepciona como o Caveira Vermelha, não lembrando nem de longe o agente Smith de Matrix. O Howard Stark – pai de Tony Stark, o Homem de Ferro vivido por Robert Downey Jr. – de Dominic Cooper é mais um que não convence.
Joe Johnston poderia ter explorado um pouco mais os momentos de ação, as habilidades do Capitão América – como o uso do escudo – e os confrontos com o Caveira Vermelha. Mas, em compensação, criou um filme de super-herói diferente dos padrões, mais próximo de uma aventura épica à la Indiana Jones, com uma boa trama e um roteiro bem amarrado. E ainda preparou muito bem o terreno para o filme dos Vingadores, que estreará em 2012.
Depois do tosco mas até divertido longa de 1990, enfim o Capitão América ganha, nas telonas, um filme digno do personagem. Para a alegria dos fãs, como eu.
terça-feira, 26 de julho de 2011
Assaltaram a gramática
quarta-feira, 20 de julho de 2011
Dez músicas sobre amizade
Friends will be friends - Queen
You're my best friend - Queen
Ben - Michael Jackson
With a little help from my friends - The Beatles
You've got a friend - James Taylor
That's what friends are for - Dionne Warwick, Gladys Knight, Stevie Wonder e Elton John
Fotografia - Leoni e Leo Jaime
Amigo - Roberto Carlos e Erasmo Carlos
Canção da América - Milton Nascimento
O Amigo - Sérgio Lopes
terça-feira, 19 de julho de 2011
Plugin insere propaganda da Record no site do jornal O Globo
sábado, 16 de julho de 2011
Stevie Wonder e eu confirmados no Rock in Rio IV
Qualquer adjetivo abaixo de gênio é pouco para definir Stevie Wonder, verdadeiro baluarte da música negra americana e um dos meus maiores ídolos. Lembro que certa vez, numa empresa em que trabalhei, um colega achou estranho quando toquei um set list só com músicas de SW. Ele disse algo como "nunca vi ninguém fazer uma coletânea com músicas de Stevie Wonder".
Pois é, eu fiz. Uma seleção com mais de 30 músicas, e só coisa boa: "Isn’t she lovely", "My chery amour", "For once in my life", "Superstition", "Ebony & ivory" (épico dueto com Paul McCartney), "As" (uma das mais espetaculares músicas de SW, embora pouco badalada, que ganhou ótima releitura com George Michael e Mary J Blige), "For your love", "I Just called to say I love you", "Overjoyed" (outra que dispensa comentários), "Ribbon in the sky", "You are the sunshine of my life", só para citar algumas.
O anúncio de Stevie Wonder já seria suficiente, mas ainda tinha mais. Diferentemente, por exemplo, da abertura do Rock in Rio IV – que terá Elton John "mais 10", como se diz no futebol – o 29 de setembro não será data de uma única estrela. As outras atrações incluem grandes nomes da música internacional, como Jamiroquai e Joss Stone. Entre os brasucas, dois encontros prometem: Marcelo Bonfá e Dado Villa Lobos, que tocarão o repertório da Legião Urbana com convidados, acompanhados da Orquestra Sinfônica Brasileira, e quatro "filhos de peixe": Diogo Nogueira (filho de João Nogueira), Davi Moraes (Moraes Moreira), Max de Castro e Wilson Simoninha (Wilson Simonal), que certamente farão todos dançar no Baile do Simonal.
Ainda falta definir um nome para o line-up, mas, desde já, o 29 de setembro é o melhor dia do Rock in Rio IV. Eu já comprei o meu ingresso. Encontro você lá.
segunda-feira, 23 de maio de 2011
Paul McCartney in Rio: I saw him standing there
Com o mico pago e a euforia baixada, a minha maior sensação depois do show é a de dever cumprido, de ter passado por uma etapa obrigatória na vida. Daqui a 5, 10, 20, 30 anos, vou poder dizer ao meu filho: eu vi o maior músico do mundo. Não haverá outro Paul McCartney, e eu sinceramente acho que, a despeito de todo o vigor do ex-beatle, aos 68 anos, não haverá outra chance de vê-lo no Brasil (espero estar errado!). Citando um ídolo que não pude ver, Elvis Presley, era agora ou nunca.
Num Engenhão com ótimo sistema de som, Paul começou a apresentação um pouco mais de 10 minutos atrasado, com “Hello Goodbye”. Até meados da noite, o show alternava momentos mais empolgantes, sobretudo nas músicas dos Beatles, com outros contemplativos, quando Sir Paul tocava seus “lados B”. Isso até “Band on the Run”, um dos melhores momentos do show, iniciar a catarse coletiva. A partir daí, foi uma sequência incansável de sucessos, com destaque para “Hey Jude”, em que um grupo de pessoas da plateia vip segurava cartazes que diziam “na”, somando-se ao coro da multidão. Sons e imagens que certamente ficarão registrados na mente do público como uma fotografia.
A plateia, aliás, deu um show à parte em todo o tempo: cantou todas as músicas, jogou bolas coloridas, acendeu luzes, pulou e respondeu às brincadeiras de Paul, que, como um maestro, regia a multidão. Não foi à toa que, num determinado momento, ele fez uma citação à música clássica. Macca era um regente perfeito. À frente de um quarteto “fabuloso” – com destaque absoluto para o competente e carismático baterista – o jovem senhor desfilou um set list com nada menos que 33 músicas (com direito a dois bis), empunhou a bandeira brasileira, vestiu uma camisa da seleção com seu nome escrito e fez 45 mil brasileiros parecerem estar numa grande aula de inglês.
“Something”, “The Long and Widing Road”, “Get Back”, “Live and Let Die” (com o já conhecido mas sempre surpreendente festival pirotécnico), “Let It Be”, “Yesterday” e “Helter Skelter” foram mais alguns grandes momentos de uma noite mágica, única, inesquecível, para a qual sobram adjetivos e emoção. E quando todos pensaram que já tinham visto tudo, uma chuva de papel picado, nas cores verde, amarela e azul, encerrou a noite – a essa altura já madrugada – de forma apoteótica, quase carnavalesca.
Os vídeos e as fotos vão ajudar a eternizar a noite de 22 de maio de 2011. Mas, na verdade, são desnecessários. Quem esteve lá não vai se esquecer jamais.